"Quem és tu que me lês? Sou eu o teu segredo ou és tu o meu?" (Clarice Lispector)

22 setembro, 2009

O retorno de introspectos

Pôr-do-sol em Piri By Lilian Tavares



Já faz algum tempo que não escrevo aqui. Há muitos posts, mas nenhum com exclusividade minha.
A razão por ter evitado textos meus resume-se à falta de vontade de escrever. E também sempre encontro algo que acho interessante e então, decido compartilhar com meus leitores.
Hoje, diferente dos dias habituais, a vontade ausente retornou. E por isso estou aqui, tentando traduzir ou organizar minhas ideias nesse amontoado de letras (confesso que ainda me soa estranho não acentuar ideias).
Assim como em O retorno de saturno, ainda estou confusa em relação a minha existência. É como se estivesse perdida e distante de qualquer motivação para atitudes concretas. Sinto-me desmotivada aos planos. E é tão estranho e frágil admitir esse momento particular!
Diante de todas as inquietudes introspectivas que me rodeiam, algo que considero bom está acontecendo: vivo um período de autopercepção. Tenho repensado todas as atitudes que tive desde algum tempo, que não sei dizer ao certo quando. Observei palavras, olhares e gestos peculiares de uma mulher incerta e incoerente ao meu desejo real de existir.
Faltam-me tantas coisas, tantas características personáveis das quais gostaria ter! Em controvérsia, existe vontade de mudar e corrigir os possíveis erros corrigíveis. De todas as coisas que percebi em mim, as que mais me entristeceram foram a ausência de autoafirmação e a timidez exagerada. Por muitas vezes, deixei de defender minhas ideias e valores que julgo importantes. Consequente a isso, tive perdas irrecuperáveis. Embora não possa refazer o tempo e recuperar o que perdi, espero reelaborar meus propósitos e direcionar minha personalidade às desejáveis atitudes de autoafirmação e extrospectividade. Chega de procrastinar meus anseios e atos de mudança! Como já dizia Gandhi,"é desonesto acretidar em algo e não vivê-lo".
Espero que meu desabafo seja motivador a quem se identificar com ele.
E tenhamos em nós, todos os sonhos do mundo (Fernando Pessoa).






Que a felicidade não dependa do tempo.
Nem da paisagem.
Nem da sorte.
Nem do dinheiro.

Que ela possa vir com toda a simplicidade.
De dentro para fora.
De cada um para todos.

Que as pessoas saibam falar,calar.
E acima de tudo ouvir.

Que tenham um amor.
Ou então sintam falta de não tê-lo.

Que tenham um ideal.
E tenham medo de perdê-lo.

Que amem ao próximo e respeitem sua dor.
Para que tenhamos certeza de que viver...
Vale a pena!...

(Autor desconhecido)



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