"Quem és tu que me lês? Sou eu o teu segredo ou és tu o meu?" (Clarice Lispector)
22 março, 2011
21 março, 2011
Ele e Ela, novos conceitos de relações...
Tomara que nos próximos dias tenhamos outras boas notícias sobre o panorama mundial. Espero que o Japão consiga superar seu momento de tragédia e que a paz possa prevalecer diante dos conflitos no Líbano. E é assim que inicio a semana, com otimismo e desejando boas energias a todos!
16 março, 2011
E quando a esperança acaba, o que resta?
O mundo tem acompanhado a triste história da tragédia no Japão. A cada momento em que se liga a tv, vê-se uma notícia mais alarmante que a outra. São incrédulos os números de pessoas desabrigadas e entristecedora a expectativa de corpos ainda não encontrados. E se tudo isso não bastasse, as perspectivas de melhoras são poucas, pois a iminência de novos terremotos persiste o tempo todo.
Fico aqui, em minha distante e confortável vida, imaginando como será a dor das pessoas que lá estão. Os japoneses são povos de uma cultura requintada, poder aquisitivo alto e acostumados a uma tecnologia de ponta. De repente, deparam-se em situação de desespero. Não há comida, não há água, não há possibilidade de viver em suas casas. Parentes e amigos estão desaparecidos ou mortos. No momento atual, talvez apenas os valores espirituais possam amenizar o contexto de pouca confiança.
Diante dessa história, pergunto-me sobre o que resta quando não há mais esperança? Como ficam os sentimentos de um povo desacreditado diante de uma catástrofe natural, onde se percebe a fragilidade humana perante a força da natureza? E pensando um pouco além, como se sentem as pessoas diante da morte? Como se posicionam os homens ao perderem uma guerra? O que fazer diante de um amor que acaba? Como ficam os pais quando vêem um filho vencido por uma doença? Como reage uma pessoa que perde suas funções mentais por um AVC? O que se faz quando se não se pode mais esperar?
E a resposta, penso eu, é que se pode continuar. E se continua sem ilusões, pensando e lutando por sobrevivência. E talvez a vida possa ser até mais leve, sem as frustrantes expectativas do esperar. Então, quando a esperança acaba, pega-se o resto e se constrói um novo mundo. Uma nova vida, adaptada ao que se tem. E a existência vai se renovando...
14 março, 2011
Big Brother Brasil
|
13 março, 2011
Por mais que uma noite...
"Tomas dizia consigo mesmo: deitar-se com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não apenas diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma multidão inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (esse desejo diz respeito a uma só mulher)". Milan Kundera
Na "mulher interessante", a beleza é secundária, irrelevante e, mesmo, indesejável. A beleza interessa nos primeiros quinze dias; e morre, em seguida, num insuportável tédio visual. Era preciso que alguém fosse, de mulher em mulher, anunciando: "Ser bonita não interessa. Seja interessante!" Nelson Rodrigues
Milan Kundera e Nelson Rodrigues são dois escritores que admiro muito. Falam sobre o amor e as relações contemporâneas de modo conciso e real. Trazem em suas reflexões uma genialidade sobreposta de certa dureza. Em alguns momentos, percebo um pouco da filosofia freudiana em seus textos. Mas sempre encerram seus pensamentos ressaltando os nobres valores que devem sustentar as relações conjuguais.
Os dois trechos descritos acima me fazem repensar na vivência real das relações. Eu me pergunto como ser a mulher ideal para, antes de ser apenas desejada, ser a mulher desejada ao sono compartilhado? E o que é ser interessante? Como chamar a atenção de quem se acha interessante? Como não ser apenas uma mulher sensual e como ser interessante sem deixar de ser sensual? Às vezes me perco nesses devaneios. E talvez me perca de mim mesma, sem entender o que realmente penso sobre tudo isso.
Há momentos em que não desejo ser interessante, mas há quem diga que sou. Noutra hora, não intenciono a languidez e sensualidade, mas há quem me perceba assim. E contraditório ao meu desejo, quando quero ser atraente e interessante, desejável ao sono compartilhado sem ser indesejável aos prazeres sexuais, não sou. Onde está o segredo? Em que lugar encontro a fórmula que transforma a atração efêmera em atração não breve? Ou não há fórmula?
Kundera e Rodrigues apenas descreveram como as relações são. Mas não explicaram como elas chegam a acontecer. Conquistar uma pessoa para uma noite é fácil. Conquistá-la para muitas noites, eis o que tem me parecido quase impossível. Se alguém souber como fazê-lo, explique-me!
Na "mulher interessante", a beleza é secundária, irrelevante e, mesmo, indesejável. A beleza interessa nos primeiros quinze dias; e morre, em seguida, num insuportável tédio visual. Era preciso que alguém fosse, de mulher em mulher, anunciando: "Ser bonita não interessa. Seja interessante!" Nelson Rodrigues
Os dois trechos descritos acima me fazem repensar na vivência real das relações. Eu me pergunto como ser a mulher ideal para, antes de ser apenas desejada, ser a mulher desejada ao sono compartilhado? E o que é ser interessante? Como chamar a atenção de quem se acha interessante? Como não ser apenas uma mulher sensual e como ser interessante sem deixar de ser sensual? Às vezes me perco nesses devaneios. E talvez me perca de mim mesma, sem entender o que realmente penso sobre tudo isso.
Há momentos em que não desejo ser interessante, mas há quem diga que sou. Noutra hora, não intenciono a languidez e sensualidade, mas há quem me perceba assim. E contraditório ao meu desejo, quando quero ser atraente e interessante, desejável ao sono compartilhado sem ser indesejável aos prazeres sexuais, não sou. Onde está o segredo? Em que lugar encontro a fórmula que transforma a atração efêmera em atração não breve? Ou não há fórmula?
Kundera e Rodrigues apenas descreveram como as relações são. Mas não explicaram como elas chegam a acontecer. Conquistar uma pessoa para uma noite é fácil. Conquistá-la para muitas noites, eis o que tem me parecido quase impossível. Se alguém souber como fazê-lo, explique-me!
Assinar:
Postagens (Atom)