"Quem és tu que me lês? Sou eu o teu segredo ou és tu o meu?" (Clarice Lispector)

15 dezembro, 2009

Tempos modernos





Hoje estive pensando sobre a modernidade. No dicionário Aurélio, a palavra MODERNO é definida como:
"dos tempos atuais ou mais próximos de nós, recente; Que está na moda". Daí, pensar nos tempos modernos, é refletir acerca de tudo aquilo que pertence ao momento em que vivemos. Seria, resumidamente, observar os valores éticos que permeiam a sociedade vigente, os modismos de linguagem, vestimenta, alimentação, conversas, valores culturais, conceitos intensos de consumismo, relações intra e interpessoais. De todos esses aspectos citados, as relações entre as pessoas é o que tem chamado minha atenção de modo particular. A peculiariadade dos valores sobre relacionamento que cada cultura traz consigo e a forma como cada homem ou mulher os interpretam e o vivem me instingam. Penso que a vivência social, seja ela familiar, profissional, de amizade ou conjugal traz sempre em si divergências de conceitos que nem sempre são bem vistas. Acho estranho a forma como a sociedade moderna, em maioria, tem assimilado às relações comportamentos descartáveis assim como o consumo estridente que a rege. Infelizmente, analiso que o ter sobrepondo-se ao ser, que tanto se discuti na sociedade moderna, esta permeado por um novo aspecto: o aparecer. Não basta Possuir. É necessário mostrar que se possiu. Daí, voltando aos relacionamentos, os conjugais particularmente, as pessoas precisam exibir que "possuem" alguém. E como a exibição deve acontecer com o melhor produto aos olhos, supõe-se uma modernidade ilusória na maior parte das relações e descartável conforme a inconveniência do produto.

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