"Quem és tu que me lês? Sou eu o teu segredo ou és tu o meu?" (Clarice Lispector)

03 maio, 2009

A tolice pela generosidade


A tolice pela generosidade


O texto abaixo foi escrito por uma mulher rica e que até certo momento de sua vida não conheceu o sofrimento da escassez ou do desamor. Porém, quando amadureceu, fez uma escolha que definiu como sendo a troca da "tolice pela generosidade".
Antes de morrer e viúva, saía a tarde. Dizia para a família que se dirigia a um centro de terceira idade para divertir-se. No entanto, essas tardes eram ocupadas por um trabalho voluntário em um asilo para idosos, alguns mais jovens que ela, mas com menos saúde e mais tristeza.


"Eu me doo porque me perdoo. Quando era jovem e tola, eu queria tudo para mim, achava que o mundo era meu e que eu podia usufruir dele sem pedir nem agradecer. Agora, que sou muito mais velha e um pouco mais sábia, entendi que nada me pertence de verdade, nem a vida, que passa em um instante, nem meus filhos, que apenas vieram através de mim, e muito menos as coisas, que são apenas matéria, e continuarão sendo, mesmo quando eu deixar de ser. Depois de uma vida dedicada às tolices, decidi perdoar-me por ser tola e dar-me a chance de ser generosa, assim eu terei a única coisa que pode me pertencer: minha própria paz"

(Autora desconhecida)

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